Não tem data de validade, sabe a coisas diferentes e pode ser apropriada para diversas situações de acordo com a composição química. Agora que o calor aperta, conheça melhor a água que está a beber.
É essencial para a vida na Terra. Nenhum ser humano consegue estar mais de quatro dias sem beber água. E encerra mais segredos do que pensa. O El País enumerou algumas curiosidades sobre a água engarrafada que toda a gente consome e que poucos conhecem:
Não há duas águas minerais iguais: todas elas têm teor mineral diferente, de acordo com a marca que as comercializa. É por isso que temos preferência por uma determinada água mineral em detrimento de outra. Basta olhar para os rótulos: se comparar a água Vitalis com a água Aquarela (Nestlé), vai concluir que a primeira tem maior quantidade de catiões de magnésio por litro do que a segunda. Em contrapartida, a Aquarela tem quase três vezes mais de cálcio do que a água Vitalis.
A água da torneira é sempre potável e mais barata do que a água engarrafada. A única desvantagem de beber água da torneira em vez de água engarrafada é que não se sabe que componentes a compõem. Os rótulos das garrafas deixam clara a composição química da água, por isso esse problema não se coloca.
A mineralização não afeta a qualidade da água. O resíduo seco é a medida que indica a quantidade de minerais numa determinada medida de água. As águas comuns, normalmente preferidas para serem consumidas em família, têm 50 miligramas de minerais por litro. Quando são mais duras – isto é, quanto maior é a quantidade de magnésio e cálcio na água -, mais contribuem para prevenir os problemas cardiovasculares. A quantidade ideal serão 20 miligramas de cálcio e 10 de magnésio por litro.
Do universo de águas minerais à venda em Portugal, quinze marcas estão associadas à Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente. Isso embarca as seguintes águas: Fastio, Areeiro, Caldas de Penacova, Carvalhelhos, Selda, Serrana, Vimeiro, Serra da Penha, Fonte Viva, Água Castello, São Martinho, Serra de Fafe, Magnificat, Serra de Trigo, Gloria Patri, Luso, Cruzeiro, Frize, Serra da Estrela, Vitalis, Caramulo, Sete Fontes, Castelo de Vide, Pedras Salgadas, Vidago e Melgaço. Uma lista longa, mas há que ter em conta que nem todas as águas engarrafadas são naturais, isto é, vindas do subsolo: muitas podem ser criadas em laboratório, mas essa é uma informação que tem de estar nos rótulos.
A água mineral não engorda nem emagrece, mas como ajuda a combater a saciedade acaba por auxiliar na dieta. Por isso é que os nutricionistas aconselham que as pessoas se concentrem mais no sabor que preferem do que nos rótulos das águas embaladas.
Não tem cor. Mas tem sabor e tem cheiro, pelo menos para aqueles que têm paladar e olfato mais sensível. Como as composições são diferentes, certas pessoas conseguem detetar essas variações e reparar quando uma água tem mais cálcio ou mais magnésio, por exemplo.
Cada água mineral pode acompanhar comidas diferentes, à semelhança com o que acontece entre os vinhos e os queijos. A mineralização da água consumida deve estar em conformidade com a intensidade dos aromas da comida: quanto mais forte for a água, mais forte deve ser o sabor dos alimentos. A água mineral consumida também deve estar em concordância com o nível de exercício físico praticado: quanto maior a intensidade do exercício, maior deve ser a mineralização da água, mesmo que a água tenha gás.
Temos sede quando 1% da água presente no corpo evapora. É do conhecimento comum que 75% do nosso corpo é composto por água e grande parte dela está espelhada no peso. Basta que 1% desse valor desapareça para sentirmos uma grande vontade de beber água, mas não é saudável que esperemos por esse momento.
A água não tem prazo de validade limite, mas apenas uma data de validade recomendada que não deve ser ultrapassada.
Fonte: O observador